quarta-feira, 29 de junho de 2011

Campanha do agasalho 2011

Galerinha consciente e socialmente comprometida que acompanha o blog; faço um pedido para todos: DOEM ROUPAS, AGASALHOS, CALÇADOS, COBERTORES E AFINS. Há muitas pessoas que não tem a condição de se proteger deste frio que assola a nossa República todos os anos. Solicito que procurem em seus guarda-roupas aquilo que já nos os servem mais; roupas pequenas, aquilo que você comprou e não te serviu, o que você usava outros anos e já está abandonado há tempos (há coisas que ficam apenas ocupando espaço e satisfazendo nosso ego). Procurem um posto de coleta, a assistência social do seu município, algum abrigo, albergue ou casa de algum conhecido seu que esteja passando necessidades. São pequenas ações que podem fazer diferença para muita gente. Tenho certeza que perderemos alguns minutos revirando nossos pertences e alguém ganhará muito mais. Entendo que há por trás disso tudo culpados e inocentes, merecedores e não; no entanto não podemos ser juízes da vida e da morte pelo nosso simples descaso. Isso ae.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Texto "básico" sobre Clube da Luta, simplesmente o melhor filme de todos os tempos...






O Clube da Luta por Renné França




“Sabe as coisas que Tyler diz sobre ser um merda, um escravo da história? Pois era assim que eu me sentia. Queria destruir tudo de belo que nunca tive... Queria que o mundo todo chegasse ao fundo. Batendo naquele garoto, o que eu queria, na verdade, era meter uma bala no meio da testa de todos os pandas ameaçados que não trepavam para salvar a espécie e cada baleia ou golfinho que desistisse de lutar e encalhasse na praia. Não vejo isso como extinção. Vejo como diminuição da espécie.” Chuck Palahniuk


As pessoas estão sempre me perguntando se eu conheço Tyler Durden.


Apesar de não ter uma arma dentro da boca, continua difícil encontrar palavras para explicar o que aconteceu naquele novembro de 1999. 28 pessoas assistiam à última sessão de cinema no Morumbi Shopping, em São Paulo, quando o estudante de medicina Mateus da Costa Meira, de 24 anos, descarregou um pente de submetralhadora na sala, matando três pessoas. Não importou o assassino contar que não havia assistido nada, o filme em exibição foi logo apontado como um dos responsáveis pela tragédia. E foi assim que muitos brasileiros ficaram conhecendo Tyler Durden e o seu “Clube da Luta”.


O filme de David Fincher foi um fracasso grandioso. Quem esperava ação se decepcionou. Aqueles que procuravam suspense, também. Romance, drama, comédia, nada parece dar conta de enquadrar a obra baseada no livro de Chuck Palahniuk. Foi acusado de fascista, de sensacionalista e até de antiDeus (?). O tempo é que transformou a polêmica em culto e permitiu que o filme fosse revisto e (re)descoberto. Aqueles que na época chamaram o filme de bizarro estavam com razão: “Clube da Luta” é um acontecimento cinematográfico ímpar, recheado de ideias poderosas, imagens grotescas, pregando a anarquia e criticando o consumismo, ao mesmo tempo em que era bancado por um grande estúdio (a Fox) e contava com um dos maiores astros do mundo.


O que nos traz de volta a Tyler Durden. Quando ele diz “Fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema. Mas não seremos. E estamos aos poucos aprendendo isso”, a frase sair da boca de Brad Pitt faz toda a diferença. Fincher usa o exemplo máximo de beleza e glamour para atacar as mesmas engrenagens que transformaram Pitt no que ele é. Pouco a pouco, o filme vai desconstruindo todas as nossas certezas e aspirações, seja pela destruição do apartamento dos sonhos ou no massacre à beleza-padrão (na impactante cena de luta com Jared Leto).


Tyler Durden produz e vende sabonetes. É assim que ele se apresenta ao narrador da história (Edward Norton) e aos espectadores do filme. Seus sabonetes são feitos de gordura humana e, na proposta de usar restos de pessoas para limpar elas próprias, está apresentada toda a sua corrente de pensamento (e a do filme): usar o sistema contra ele mesmo, fazer da anarquia uma solução contra a ordem, usar a dor como forma de despertar a si próprio.



E é aí que chegamos ao título do filme. O Clube da Luta não se trata de atacar o outro. Pelo contrário. O prazer está em baixar a guarda e se deixar atingir. Apanhar para se sentir vivo e sair do estado entorpecente em que a sociedade nos colocou. “Trabalhamos em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos”, fala Durden (e Brad Pitt): é Hollywood atacando ela mesma e todo o mundo de sonhos que produz.


E por trás disso tudo está o narrador do filme e sua insônia. Podemos perder o sono por vários motivos, mas muitas vezes simplesmente não sabemos por que estamos acordados.


O personagem não sabe por que vive, por que trabalha, por que compra coisas. Sua letargia só termina quando conhece Tyler Durden e começa a lutar para conhecer a si mesmo. Se, ao olharmos para Brad Pitt, vemos o filme como uma grande crítica ao consumismo, é no personagem de Edward Norton que entendemos “Clube da Luta” como um tratado sobre o individualismo da sociedade contemporânea.



Sua solidão, as amizades frias, o relacionamento amoroso que parece não completá-lo: tudo culmina na extraordinária reviravolta que liga individualismo e consumismo de maneira brilhante. Sem entregar muito para quem ainda não viu o filme, nosso olhar para o próprio umbigo, a necessidade de sermos sempre melhores que os outros e o auto-isolamento são confrontados com tudo o que fomos formatados para querer ser. Nossas projeções são produtos de indivíduos sem perspectivas de verdade, que se agarram desesperadamente a modelos já pré-moldados. E ao final do filme, somos confrontados com essa verdade de uma maneira mais do que clara, para nos apercebermos como figuras fraturadas, lutando contra nós mesmos, o tempo inteiro tentando vencer um inimigo que nós mesmos criamos.


David Fincher nunca mais conseguiu fazer nada igual. E provavelmente nunca mais terá liberdade para tentar. Após o sucesso de “Se7en”, o diretor surgiu como grande revelação e, com “Clube da Luta”, provou-se um dos mais corajosos realizadores contemporâneos. O filme foi uma sinalização clara do ex-diretor de videoclipes para a sua própria indústria e um atestado de seu talento como narrador. Da abertura às imagens colocadas entre frames, Fincher demonstra um cuidado com os detalhes que muitas vezes só fazem sentido quando se revê o filme.


“Como foi bom eu ter aparecido / Nessa minha vida já um tanto sofrida / Já não sabia mais o que fazer / Pra eu gostar de mim, me aceitar assim / Eu que queria tanto ter alguém / Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém / Longe de mim nada mais faz sentido / Pra toda vida eu quero estar comigo”... Não é Tyler Durden, é Ultraje a Rigor vários anos antes do filme. Tudo bem, a crítica não é nova, mas a forma como David Fincher a colocou fez de “Clube da Luta” um raro produto que critica a si mesmo. E as edições especiais do DVD estão aí para provar...





A marcha das 'p...',

Texto recomendado por Even (txs!). Eu, na condição de defensor incontestável das mulheres e da justiça, publico-o.
Segue:

"A marcha das 'p...'"

Por Maria Berenice Dias, advogada

Bem assim: a letra “p” e reticências.
Esta era a forma utilizada por todos os meios de comunicação para identificar as mulheres que, simplesmente, assumiam o livre exercício de sua sexualidade. Seja profissionalmente, mediante remuneração; seja pelo só fato de se vestirem de uma forma considerada inadequada, deixando exposta alguma parte do corpo que poderia revelar que se tratava de um corpo feminino.
Inclusive, houve época em que eram assim rotuladas as mulheres que saíam do casamento por vontade própria. Nem importava a causa. Separadas e desquitadas eram consideradas “p...”. Mulheres disponíveis que qualquer homem tinha o direito de “usar”.
Claro que muitas coisas mudaram. E não há como deixar de prestar tributo ao movimento feminista, que, em um primeiro momento, gerou tamanha reação, que convenceu até as mulheres que não poderiam ser ativistas, o que as identificaria como mulheres indesejadas. Talvez pelo absurdo de reivindicarem as mesmas prerrogativas dos homens.
É significativo constatar que ao feminismo não se atribuíam adjetivações ligadas à prática sexual. Ou seja, as feministas eram mulheres feias, mal-amadas, lésbicas, mas não eram chamadas de “p...”. Eram mulheres que homem nenhum quis. Por isso saíam às ruas em busca de igualdade. De qualquer modo, um movimento tão significativo, que mudou a feição do mundo, a ponto de se dizer que o século 20 foi o século das mulheres.
Apesar dos avanços em termos de igualdade de oportunidades no mundo público, na esfera privada ainda é longo o caminho a percorrer. Basta atentar à violência doméstica, cujos assustadores números só recentemente vêm sendo revelados, graças à Lei Maria da Penha.
Mas há outra violência que somente agora está levantando o véu da impunidade: a violência sexual. Como a virilidade é reconhecida como o maior atributo do homem, o livre exercício da sexualidade sempre foi um direito ao qual as mulheres precisam se submeter. Inclusive ainda se fala em débito conjugal e tem gente que acredita que o casamento se “consuma” na noite de núpcias e busca anulá-lo sob o absurdo fundamento de que o casamento não ocorreu.
O controle da natalidade é outro exemplo da absoluta irresponsabilidade masculina. Até hoje se atribui à mulher o encargo de prevenir a gravidez. É sua a culpa pela gestação indesejada. É ela que precisa fazer uso dos meios contraceptivos, em face da enorme resistência dos homens ao uso de preservativos.
Ou seja, as mulheres sempre tiveram que se submeter ao “instinto sexual” masculino. Algo que parece dominar a vontade do homem, que se torna um ser irracional, que não pode ser responsabilizado pelos seus atos. As mulheres são culpadas por excitarem os homens, que viram bestas humanas e não merecem responder por seus atos. Por isso, nos delitos sexuais, o comportamento da vítima é invocado como excludente da criminalidade.
Até que enfim, as mulheres estão se dando conta de que submissão e castidade não lhes servem mais de qualificativos. Não são atributos que lhes agregam valor. Têm o direito de agir, se vestir e se expor do jeito que desejarem. Não podem ser chamadas de putas, vadias, vagabundas, adjetivos que só servem para inocentar os homens que as estupram.
Vislumbra-se um novo momento, em que as mulheres passam a ter orgulho de sua condição de seres sexuados. A Marcha das Vagabundas, que está acontecendo no mundo todo, é uma bela prova. Reação à afirmativa de um policial, em uma universidade de Toronto, Canadá: as mulheres devem evitar se vestirem como “slut” para não se tornarem vítimas. A expressão pode ser traduzida por vadia, vagabunda ou puta.
Depois que nos tornarmos sujeitas de nossos direitos, é chegada a hora de assumirmos a condição de senhoras de nossos desejos.

* Publicado na blog da Zero, dia 18/06/2011

Para visualizar no ClicRBS clique aqui.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Final da Libertadores 2011

Já que muitos falam, aqui vai o meu parecer: NÃO TORCEREI PARA O SANTOS HOJE, NA FINAL CONTRA O PEÑAROL PELA LIBERTADORES ponto. Seria hipocrisia dizer que sim. Se, como ouço aqui e ali, o Santos é o Brasil na Copa, deve ser do Mampituba para cima. Temos essa cultura. Somos formados em rivalidade, com pós-graduação entre a dupla Gre-Nal; somos orgulhosos, somos guerreiros, não admitimos que alguém possa ser melhor que nós e temos, culturalmente, muito maior identificação com os hermanos uruguaios, e foi assim construído o nosso caráter e a nossa personalidade. Com todas as letras posso afirmar: SOU PEÑAROL DESDE GURI!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Chico Science & Nação Zumbi - Risoflora



Eu sou um caranguejo e estou de andada
Só por sua causa, só por você, só por você
E quando estou contigo eu quero gostar
E quando estou um pouco mais junto eu quero te amar
E ai de deitar de lado como a flor que eu tinha na mão
E ai esqueci na calçada só por esquecer
Apenas porque você não sabe voltar pra mim
Oh Risoflora !
Vou ficar de andada até te achar
Prometo meu amor vou me regenerar
Oh Risoflora !
Não vou dar mais bobeira dentro de um caritó
Oh Risoflora, não me deixe só
Eu sou um carangueijo e quero gostar
Enquanto estou um pouco mais junto eu quero te amar
E acho que você não sabe o que é isso não
E se sabe pelo menos você pode fingir
E em vez de cair em suas mãos preferia os seus braços
E em meus braços te levarei como uma flor
Pra minha maloca na beira do rio, meu amor !
Oh Risoflora !
Vou ficar de andada até te achar
Prometo meu amor vou me regenerar
Oh Risoflora !
Não vou dar mais bobeira dentro de um caritó
Oh Risoflora, não me deixe só.

JOGO SUJO PARTE 2 - SANCHES

JOGO SUJO PARTE 1 - CBF

terça-feira, 14 de junho de 2011

3000!

Opaaaaa... Estamos chegando perto de atingir o número de 3000 visitas no blog.
Imagina se postássemos algo prestativo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Despedida do Fenômeno


Tá, ok, admito que ele jogou muito futebol; no entanto fiquei muito sentido pois alguns grandes astros do mundo da bola ficaram sem o devido reconhecimento de seus méritos e deveriam ter recebido homenagens, se não iguais, maiores que a do Ronaldo.

Aí vão algumas sugestões de craques que seriam merecedores:

Nildo Bigode


Alcindo (o careca cabeludo)


Paulinho McLaren (o que falar dele? Matador!!)


Valdir Bigode (que style)


Sandro Hiroshi (esse é uma lenda!)


Mário Tilico (Pensa...)


Bobô (O fera! Esse matou alguns vermelhos em 88)


O mestre, o maior, a definição de futebolista (deveria ter uma foto dele no aurelião):
BIRO-BIRO


E agora imaginem o que será quando do afastamento dos gramados deste grande ídolo mundial; cantem juntos: Uh! Terrô! Clodoaldo Matadô!


Vamos homenagear dignamente nossos heróis!

terça-feira, 7 de junho de 2011

O que ganharei de mim mesmo no dia 12 de junho?

Não vejo a hora de saber o que comprei para mim.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Tarantino´s Mind - Selton Mello & Seu Jorge

Uma teoriazinha da conspiração sobre os filmes do Tarantino.
Muito boa a pilha dos loco..

Sente a pressão:

Songs & Scenes

Algumas trilhas e cenas de alguns filmes. Lá vão elas:

Filme: Death Proof - Quentin Tarantino
Música: Down in the Mexico - The Coasters



Filme: Mr. & Mrs. Smith
Música: Mondo Bongo - Joe Strummer & The Mescaleros



Filme: Pulp Fiction (Atores: John Travolta & Uma Thurman)
Música: Jack Rabbit Slims Twist contest



Filme: Perfume de mulher
Música: Por una cabeza - Carlos Gardel



Filme: Take the lead (Vem dançar)
Música: Tango

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Agora é tarde - Ultraje a Rigor

Essa musiquinha é uma motivação para algumas pessoas que por algum momento dão uma travadinha antes de tomar uma atitude...
Curtam e vejam se alguém se encaixa nesse tipo (eu conheço alguns). Lá vai:

O risco de eu me machucar era pequeno e mesmo assim
Não consegui me convencer que aquilo era bom pra mim
Minha cabeça paranóica não deixou eu me mover
Fiquei ali paralisado sem saber o que fazer

Agora é tarde como eu fui bobo em vacilar
Mas não vou mais deixar passar aquilo que eu quiser fazer
Ainda é cedo pra uma outra chance aparecer
E dessa vez eu vou fazer de tudo pra ela acontecer

Eu tive a chance e só o que eu tinha que fazer era ir lá
Me apresentar, nada de mais, era tão fácil de fazer
Eu tive medo e agora eu sei que é melhor se arrepender
Do que se fez do que não ter tido a coragem de fazer

Agora é tarde como eu fui bobo em vacilar
Mas não vou mais deixar passar aquilo que eu quiser fazer
Ainda é cedo pra uma outra chance aparecer
E dessa vez eu vou fazer de tudo pra ela acontecer