houve um tempo em que gostava de sonhar:
imaginava um futuro não chegado,
um lugar não visitado,
um beijo não recebido,
um destino não seguido.
hoje sequer durmo.
e quando a noite cai te imagino,
fico bobo, pareço menino,
penso, me agito, chorando, sorrindo,
por vezes nem sei o que estou sentindo.
então você se aproxima
mas não ouso te tocar
nem penso em te beijar
resta-me ficar te olhando
e em devaneios: viajando
o destino joga com nossas vidas
por duas vezes no aproximou
por duas nos abandonou
nem ouso mais esperar
contento-me em voltar a sonhar