terça-feira, 24 de setembro de 2013

Louco, louco

As minhas palavras tem ficado só no papel. De lá elas não poderão sair. Quem sabe cheguem aos seus olhos algum dia. Mas esse dia não é hoje. Só sei que se esse meu buscar seu olhos, sentir seu cheiro, clamar sua presença e não te esquecer um minuto sequer, for nada: Então só posso estar enlouquecendo.

Uma ligação especial

Eis que estava no intervalo entre uma aula e outra - bah, gosto muito de começar um texto com a expressão 'eis que' mesmo que a concordância esteja errada - e recebo um SMS de uma pessoa que há muito não tinha contato. Poderia falar o tempo que decorreu entre a última vez e esta, entretanto entregaria as idades e esse não é o meu objetivo. Tal mensagem dizia apenas: 'Tu tá na aula? Posso te ligar?'. Nossa!! Tremi na base, sem demora respondi afirmativamente e aguardei. Ao primeiro som das nossas vozes não aguentamos, rimos demais. Conversamos sobre o tudo e o nada. Em pouco tempo - a mim pareceu muito pouco - falamos sem parar. Contamo-nos coisas um sobre o outro e rimos mais; lembramos de algumas coisas do passado e rimos muito muito mais. Foi como se esse lapso de tempo não houvesse modificado em nada nossa grande amizade. Conseguia visualizar, apesar da distância e da frieza do telefone, uma imagem nítida do que sempre fomos. O tempo não faz esquecer. Nem queria esse efeito. Parecíamos que éramos os mesmos de sempre; e tenho certeza que a essência de uma verdadeira amizade tem esse tipo de poder, de não deixar que se perca no passar dos dias tudo que há de bom dentro de um e de outro. Foram apenas alguns minutos, mas não conseguirão por dias e dias tirar esse riso bobo do meu rosto.

Obrigado, Karine.

Espero muito mais desses tipos de atos. Simples mas verdadeiros.

Desejo também a todos que tenham a mesma experiência, para que possam sentir a mesma alegria que sinto agora.

Pegue seu telefone e faça sua parte.

30 dias sem Facebook - Considerações

Depois de quase um mês que abandonei meu Facebook, tenho algumas considerações a fazer acerca disso:

- Sobra-me muito tempo livre para interagir com as pessoas 'reais';
- Consigo ler um livro inteiro sem ser interropido por um som de notificação;
- A bateria do meu celular aumentou sua autonomia em 4 vezes;
- Não vejo tanta gente descontente como me faziam crer;
- Consigo estar - e somente ali - com meus amigos assando uma costela e tomando uma cerveja;
- Incrivelmente consigo saber que a segunda vem depois do domingo - sem que alguém precise me avisar que ela chegará;
- Também consigo antever a chegada da sexta-feira - coisa que achei que não saberia sem ser avisado;
- Redescobri que olhar no olho de uma pessoa durante a conversa vale mais que qualquer emoticon digitado;
- Evito de saber o que nunca quis saber.

Entretanto sinto falta de algumas coisas, como conversar com meus colegas da Turma 2008/2 ou com os 'Éramos 6' - que na verdade eram 8 (Alô AS, FEB, GZS, JC, JFM, JG, RHM), mas aí lembro que é só pegar o telefone e discar; combinar algo e de repente se encontrar, então tudo se resolve.

Finalmente o que mais me faz sentir falta das redes sociais - e nem refere-se ao Facebook - é do tempo do Orkut, a Comunidade do 'Vô não vô'. Essa falta, sim, provoca-me calafrios e tremedeiras ao longo do dia.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Oh, mulher!


Oh mulher de pernas e braços
de suspiros, de beijos, de abraços
de olhos pintados, boca, traços
de vestidos, cabelos, de laços

Oh mulher de relações e amores
de paixões, carinhos, de dores
de querer, não-querer, de favores
de lágrimas, risos, tremores

Oh mulher de sons e volumes
de brilhos, de cores, vagalumes
de canções, histórias, costumes
de altos, de baixos, perfumes

Oh mulher de coração e sofrimentos
de ficar, não-ficar, de lamentos,
de beijar, de estar, de momentos  
de sonhos, de vida, tormentos

Oh mulher, de existência sem-fim
de água, de terra, jardim
de fruta, de flor, de jasmim
de nascer, de surgir, só pra mim

Seguindo em frente

Eu tentei. De diversas maneiras tentei ser ouvido. Minhas maneiras,
lógico. Certas ou erradas, eram minhas. Não surtiram efeito. Você não
soube o que me dizer; nunca soube. Aliás nem tenho certeza de que algo
deveria ser dito. Estou tranquilo comigo mesmo e é isso o que importa
agora. No futuro espero não ser cobrado de nada. Nem gostaria de ver
teus olhos marejados novamente. A estrada se mostra à frente. Andemos,
caminhemos, trilhemos; cada um seu próprio caminho. Se nosso destino
novamente nos unirá? Que venha o futuro.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Poema

Olha só o que esse poeta escreveu!!!!
Nossa, demais!!

A valsa - Casimiro de Abreu

Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!

Quem dera
Que sintas
As dores
De arnores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...

Calado,
Sózinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!

Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!

Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!

Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!

sobre nada

Escrevi muito nesses últimos dias. Tudo ficou no papel. Engraçado que meus textos ficam muito melhores na minha cabeça do que depois que são passados a limpo. Acontece. Não sou um escritor. Leio muito e a cada autor diferente que pego surpreendo-me da capacidade intelectual de cada um deles. Fico nas minhas leituras recentes: George. R. R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo; Tolkien e seus Senhor dos Anéis e o Hobbit; Bukowski, Misto quente e Pulp; Nelson Rodrigues e sua incomparável obra A vida como ela é. Não, não estou me comparando, nem conseguiria chegar aos pés desses caras. O que quero dizer é que eles escrevem muito. Nos envolvem com suas histórias complexas, com sua narrativa, seus personagens e seus mundos. Continuarei lendo. Aliás, já escrevi por essas bandas que sou um ótimo leitor. Me contento com isso. Sigo assim. E, quem sabe, às vezes largarei por aqui algum texto novo. Ou você receberá algum deles, novamente, em casa. E estes, podem não ser os melhores, mas certamente serão os mais verdadeiros (cit. às fls...).

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Morrer, viver, suportar, padecer

Morro
A cada momento um pouco
Agonizo
Sofro
Choro
Rio

Vivo
Tentando esquecer
Imagino
Penso
Fantasio
Enlouqueço

Suporto
Apenas te ver
Tremo
Enraiveço
Acalmo
Continuo

Padeço
Com essa indiferença
Durmo
Sonho
Acordo
Morro