Vivemos num novo tempo.
Creio que esta frase, apesar de amplamente pronunciada, tem um significativo valor nos nosso dias. Somos filhos da revolução sexual - ocorrida nos anos 60 e 70 -, somos o resultado da ditadura, de pais e conhecidos que lutaram por e contra esse sistema - nos anos 80 -, somos, num futuro recente, as pessoas com medo da violência, pessoas até certo ponto inseguras, com novos valores morais e sociais. Isto certamente está se refletindo nas nossas relações afetivas.
A facilidade de acesso à internet e às redes sociais nos tornou mais frios, mais distantes, mais apressados. Entretanto, como diferencial, o homem (ente masculino) passou a ter um ponto de vista mais crítico e menos repressor do que os que havia anteriormente. Não sou hipócrita a ponto de generalizar esse modo de visão, falo de nichos onde as mudanças são perceptíveis. Os homens de hoje, assim como as mulheres, sabem o que querem. Buscam ser felizes; não mais na condição de seres superiores - o que, na verdade, nunca fomos - mas sim com a capacidade de escolher e se deixar escolher.
O homem de hoje sabe morar sozinho, comprar e lavar suas roupas, decorar sua casa (e não apenas como um abatedouro e sim como um ambiente onde ele e as outras pessoas se sintam confortáveis); ele sabe escolher um bom vinho, sabe discorrer sobre livros, entende e, por muitas vezes, se emociona com filmes e músicas, ele preza por sua liberdade, no entanto a busca dele, hoje, é por alguém que saiba ter isso tudo COM ele (e não PARA ele).
Este homem não procura uma mulher para si, ele quer uma companheira para a sua vida. E a condição fundamental pra que essa união aconteça é a de que a mulher em questão seja independente. Ele quer que esta pessoa tenha sua própria vida também. Que tenha estudado, que tenha buscado fazer algo de sua vida, galgado degraus, que tenha tido erros e acertos, quedas e levantes, que tenha tido outros homens. O que importa desse 'passado' (que sempre foi tratado com absoluta intolerância pelo lado machista) é o aprendizado que foi adquirido. É a experiência da vida que contará a favor do casal. A mulher terá que ter suas amigas, seus hábitos e costumes, inalterados. A capacidade de opinar, de dizer não, de querer sair sozinha, de pagar a conta, de escolher o que melhor lhe couber, de ver o momento de seguir em frente ou de dar um passo para trás, é peça fundamental para a felicidade dos conviventes. Logicamente a dois tudo isso se torna mais fácil, mas o ponto crucial é o ser feminino não se relegar a inferioridade.
Tal homem se tornou mais sábio. Graças ao que aprendeu com as mulheres de sua vida; suas avós, sua mãe, tias e irmãs. E o respeito por elas só tem aumentado. Às gerações vindouras, tentaremos passar quão orgulhosos nos sentimos de ver o quanto elas nos fazem felizes. E da mesma forma que as mulheres não são mais as mesmas, os homens não são todos iguais. Nos tornamos mais responsáveis, mais sensíveis, mais independentes, mais liberais, mais verdadeiros. E isso, muito mais do que por nós, é por vocês.
Por 1berto
10!
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