segunda-feira, 17 de novembro de 2014

mágica

Foi aquele olho no olho.

Nossos risos trocados. A saudade que havia entre nós tornou-se tensão. Todos os músculos do meu corpo se retesaram. O toque de minha mão em teus braços até agora arrepia-me a epiderme. Teu respirar no meu pescoço; meus dedos debaixo dos seus cabelos; meus beijos no teu pescoço. Nada mais importava.

Lento como o cair da chuva foram caindo nossas roupas e nossos corpos.

Apenas o tapete da sala seria testemunha.

Beijei-te.

Beijei-te toda. Braços, lábios, seios, umbigo, pernas. No meio delas deu-se a magia. Ouvi teus suspiros - de início - transformando-se em gemidos, daí para gritos e trêmulos espasmos. Por tanto tempo fiquei que, ainda agora, sinto o gosto vindo do teu corpo. Num encaixe perfeito transformamo-nos em um só. Carne com carne. Fluídos com fluídos. Bailamos pela eternidade.

Exaustos, cansados e felizes adormecemos.

E foi aí que acordei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário