Foi aquele olho no olho.
Nossos risos trocados. A saudade que havia entre nós tornou-se tensão. Todos os músculos do meu corpo se retesaram. O toque de minha mão em teus braços até agora arrepia-me a epiderme. Teu respirar no meu pescoço; meus dedos debaixo dos seus cabelos; meus beijos no teu pescoço. Nada mais importava.
Lento como o cair da chuva foram caindo nossas roupas e nossos corpos.
Apenas o tapete da sala seria testemunha.
Beijei-te.
Beijei-te toda. Braços, lábios, seios, umbigo, pernas. No meio delas deu-se a magia. Ouvi teus suspiros - de início - transformando-se em gemidos, daí para gritos e trêmulos espasmos. Por tanto tempo fiquei que, ainda agora, sinto o gosto vindo do teu corpo. Num encaixe perfeito transformamo-nos em um só. Carne com carne. Fluídos com fluídos. Bailamos pela eternidade.
Exaustos, cansados e felizes adormecemos.
E foi aí que acordei.
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