quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

preenchendo vazios

e tento me manter acordado, sem delírios, enchendo a cabeça com dúzias de pensamentos aleatórios; no rádio um noticiário, na rua o som dos carros passando, sirenes, metal contra metal; nas mãos copos vazios, cigarros, canetas, garrafas cheias; não foco o olhar em nada, um pássaro voa (ou dois?), um caminhão parado, um sofá abandonado; em casa o pó se acumula, lâmpadas queimadas, uma réstia de sol, cheiro de nada; no quarto roupas jogadas, o armário revirado, as cartas todas rasgadas, a tevê não sintonizada; debaixo da cama teu retrato e um relógio que, talvez, marque a hora certa.

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