Poeta sou que crio mundos
fantasio histórias
vivo sonhos
habito o inimaginável
Por vezes não diviso
o que é real
do que eu imagino
quando acordado
De olhos abertos: sonho
Quando os fecho: vivo
eternas ondas
indo e vindo sem fim
Poeta sou não por versos
mas por sentimentos
cenas que crio
diálogos que enceno
Os abraços que sinto
os risos que vejo
o corpo que esquento
os lábios que molho
Talvez por isso caio
infindável precipício
de gritos surdos
e frio intenso
Mas o vento deixa-me voar
e giro e rodo e subo
sorrio
sem medo do chão
Poeta sou que não me importo
de que digam o contrário
os cânticos em mim vivem
e os vivo sem querer
A saudade bate:
do que não tive
As lembranças existem:
do que não vivi
Recomeço histórias
ao final de outras
e tantas vem
quanto tantas vão
Que infinitos sejam
todos versos que habito
pois poeta eu sou
e nada, sem eles, eu seria
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