Sonhei duas vezes essa semana.
Sim, duas vezes.
Se foram demais ou se foram de menos, não saberia dizer.
Mas eu acreditei neles, como deve ser - de a gente poder acreditar nos próprios sonhos e poder alcançá-los e realizá-los. Apesar de chás de camomila, sucos de maracujás, pílulas coloridas e comprimidos incolores, sonhei. Apenas duas noites, de sete noites que tive.
Na terceira noite sonhei com futebol; Grêmio, mais precisamente. Contra o Rosário Central, especificamente. Na quarta noite sonhei com a moça aquela de meus sonhos recorrentes. E, talvez, esteja aí minha relação entre um e outro.
Pelo primeiro imaginei o amor que tenho incondicional e imortal, de tê-lo e senti-lo apesar das circunstâncias. Sim. Nada mata em mim o sentimento. A devoção. O querer. O conseguir. O conquistar. Tremi por ele e por mim por dias; minha alimentação não foi a mesma; o coração,, ahhh esse pulsava como queria... Tive febres, calafrios, lapsos de memória e inversões de tempo e espaço. Mas falando agora do sonho, eu vi! Vi o meu time jogar futebol de gente grande; de fazer dois gols e não esperar o adversário; tomar um gol em uma adversidade qualquer; mas voltar pra casa com a sensação de dever cumprido; ter um jogador expulso e continuar lutando como se não houvesse amanhã. Eu não sei dizer, de verdade, como meu time jogou dois últimos segundos tempos. Eu abandonei. Deixei de gostar. Não tive mais tempo em mim pra tanta coisa pouca. E tudo isso dói em mim; machuca-me como adagas perfurando minha pele minuto a minuto.
Tal fato leva-me ao segundo sonho que tive.
Nesse eu a vi; como nunca a havia imaginado.
E, sem delongas, sei e ela sabe o que imaginei.
Entretanto agora eu tenho uma certeza: não acredito nos meus sonhos. Nem um nem outro se realizou. Nem a alegria de um gol marcado, nem a felicidade de um beijo ganho. Nem a esperança de seguir em frente, nem a utopia de andarmos lado a lado. Nem a rebeldia de estarmos contra o mundo, nem a simplicidade de sermos apenas dois.
Eu já deveria saber:
Sonhos são para a noite, para o travesseiro, para a alma e para o coração.
E para nada e ninguém mais.
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