segunda-feira, 7 de maio de 2018
do doloroso esquecimento
A pior parte sempre foi tentar esquecer. E, quanto mais se esquece, mais a gente lembra. Lembra-se de tudo que foi; do que poderia ter sido; do que nunca será. Era a vontade dos beijos, do toque, do abraço. Do bom dia para acalentar as manhãs, do oi para iluminar as tardes, do boa noite para que se tenha imagens nos sonhos. Não foi; mas poderia ter sido. Tanto tempo preenchido com esperanças vãs que hoje o vazio impera e dói. Lembro de ouvir alguém dizer: 'você recebe de volta tudo que emana de si', não tenho nada para que retorne. Extinguiram-se até as forças para lutar. Restaram apenas a resignação e a indiferença. E essas são as piores sensações que poderíamos experimentar.
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