quinta-feira, 29 de março de 2012

Mulheres, em frente! Enfrentem!

Sou feminista!
(Se é que homens possam ser rotulados assim..)
Sou um defensor do direito das mulheres; quero que elas tenham maiores chances no mercado de trabalho, nos melhores cargos, que lutem pelos seus objetivos, que briguem de igual para igual em qualquer setor da sociedade. Podem me acusar de praticante de 'demagogia', mas não é isso; é, sim, o desabafo de alguém que sente o que foi perdido ao longo dessa história machista que se faz ecoar nos dias de hoje. Para não voltar muito na história (nem me perder nas esquinas do tempo) digo que sinto muitíssimo ler, por exemplo, aquele compilado de estórias chamado Bíblia, para os católicos, ou Corão, para os muçulmanos, escrito por mãos masculinas; ou a Filosofia, em que filósofOs, apenas, 'contribuíram' para a construção ou entendimento da alma e essência da humanidade. Quanta sensibilidade nos foi negada? Dessas mulheres que, muitas vezes influenciando diretamente esses homens, foram relegadas a meras expectadoras (quando muito) do desenrolar histórico. Joana D'Arc, queimada na fogueira como bruxa; Jane Austen, teve recusado muitas vezes seus manuscritos antes de publicados; poetisas usando nomes falsos para que nem seus maridos soubessem que saiam de suas 'mulheres submissas', tamanha habilidade com as palavras,; romancistas que, alta madrugada à luz de tocos de vela, deixavam fluir o que ficava engasgado em suas falas; operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque que, em 8 de março de 1857, fizeram uma greve reinvidicando que sua jornada de trabalho de 16 HORAS(!) fosse reduzida para 10 HORAS(!), equiparação salarial com os homens (elas recebiam até um terço do salário!) e tratamento digno no ambiente de trabalho (morreram aproximadamente 130 tecelãs nesse dia, quando os repressores as trancafiaram dentro da fábrica e atearam fogo nas entradas). Isso apenas para ficar em alguns exemplos pontuais. Quantas mulheres desconhecidas lutaram para que o mundo fosse diferente, para que o mundo fosse IGUAL?

Deixo nessas linhas minha esperança de que meus pensamentos sejam compartilhados por todos, que o passado seja conhecido, que compreendamos o sofrimento de nossas mães, para que possamos entender o presente e construir um futuro melhor.

P.S.: É apenas um registro do que sempre pensei e procuro praticar. 

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