deixe-me mostrar-te meu mundo
nem é meu todo ele
sou dono apenas do que vejo
o modo como vejo
as nuvens que parecem algodão
os pingos de chuva que caem na terra seca
o vento que bate no rosto
o riso de uma criança
dois velhos andando de mãos dadas
uma música tocando distante
um toque que faz arrepiar
o sol queimando na pele
que faz sentir a vida que corre no corpo
então sinto nas mãos
a terra molhada pela chuva
a areia no meio dos dedos do pé
o mar que conta segundos em suas ondas
a noite que chega e que vai
que deixa a lua brilhando
que esconde o dia nos seus braços
e faz, de novo, surgir o sol
por detrás dos montes
a flor que cresce pouco a pouco
a fruta que amadurece nos galhos
a água que escorre pelo corpo
a grama verde de um jardim
com suas bromélias nascendo e morrendo
venha!
venhas tu, também, comigo
bastará tu acenderes a luz
e mostrar-me como é o teu mundo
o mundo como tu vês.
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