sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Estou tentando, há diversos dias, escrever algo (uma resenha, um comentário, qualquer palavra) sobre o livro Anna Karenina, do Tolstói. Juro que não consigo. Não há palavras minhas que consigam expressar o jeito que o autor nos envolve nessa trama. Há tempos que venho fissurado na literatura russa. Iniciei com Dostoiévski, no seu clássico 'Crime e Castigo', depois não houve mais volta. A riqueza de detalhes, a descrição do momento russo da época, a forma como nos é tomada a atenção só poderiam ter partido de gênios como esses. O único porém que percebo, é que, da mesma forma que quando assistimos a um filme estrangeiro dublado, perdemos sempre algo na interpretação do tradutor (no caso dos filmes legendados há uma perda menor se nossa mente consegue interpretar o que se ouve e o que se lê); lógico que não serei hipócrita ao ponto de desmerecer o trabalho dos tradutores e nem de achar que conseguiria ler russo ou alemão ou mesmo tirar todo o proveito do inglês; o que me aflige é saber que mesmo traduzidos, esses livros são ótimos, que se dirá fossem lidos no original. Diversas vezes tentei indicar essa literatura a alguns, no entanto sem muito sucesso, há um preconceito contra livros 'grossos demais' ou então que 'não estão na lista da Veja' ou pior, que 'não tem nenhum vampiro"; só sei que os livros desses gênios ficarão na história, enquanto que alguns só passarão. Recomendo para quem quiser iniciar na leitura desses carinhas, o livro do Gógol, 'O Capote', 'fininho e dinâmico'; também recomendo um livro, que li pela primeira vez quando tinha 12 anos, que o li novamente por mais duas vezes, de um escritor da Checoslováquia, Franz Kafka (sim, checo; não alemão), que é 'A metamorfose', nossa, esse é o cara! 'O processo' (deste último) também é um clássico que deve ser lido e relido.

E por hoje, chega!

Vou citar abaixo alguns livros que recomendo (apenas os que li, lógico), não só de russos, ou alemães ou checos, mas de livros que foram feitos para ser lidos e para serem atuais, não importando a era que vivenciamos.
(sei que não fiz comentário nenhum sobre o livro, no mínimo isso é uma crítica, no máximo um desabafo).

Dostoiévski:
'Crime e Castigo' (esse é sem comentários)
'Os Irmãos Karamazov' (este é foda)
'O Idiota'
'O Jogador'

Tolstói'Anna Karenina' (vale cada releitura)
'Guerra e Paz'

Kafka'A metamorfose'
'O Processo' (sobre este, falado aqui http://1berto-2berto.blogspot.com.br/2010/04/o-processo-franz-kafka.html  )

Goethe'O sofrimento do Jovem Werther' (sobre este, já falado aqui http://1berto-2berto.blogspot.com.br/2010/04/o-sofrimento-do-jovem-werther-goethe.html)
'Fausto'

Gógol'O Capote'

Oscar Wilde
'O retrato de Dorian Gray'

Shakespeare (obrigado a minha colega de aula C., que me apresentaste este e ao qual nunca mais deixarei de ler)
'Sonho de uma noite de verão'
'Rei Lear'

Citarei alguns autores e obras do Brasil, que eu curto:

Machado de Assis - Qualquer (e é qualquer mesmo!!) obra dele (Ressureição, A mão e a luva, Memórias póstumas..., Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires... e vai....)
Aluísio Azevedo - O cortiço (meeeeeeeeeee, esse livro é sinistro, um dos melhores que já li até hoje)

Logicamente esquecerei vários, entretanto me dão margem para novas postagens de mea culpa.

Para finalizar, dois de nossa época, que me fizeram a cabeça:
'O clube da luta', de Chuck Palahniuck (livro que deu base ao filme); e
'O Evangelho Segundo Jesus Cristo', do nobel Jose Saramago

E agora fui-me de verdade, esse post me pilhou demais...
Ficaria horas divagando sobre as coisas que li, as que reli e as que ainda lerei...

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