Neste fim de semana fiquei um tempo em
casa. Costumeiramente leio (ou releio) alguns de meus livros. Entretanto neste,
devido a algumas forças externas (e algumas outras internas), decidi que iria optar pela 7ª
arte, o Cinema.
Haviam já alguns dias que tinha conseguido filmes e séries
que gostaria de assistir. Relatarei alguns e tecerei breves comentários acerca.
Apocalipse Now
Filme de 1979, dirigido pelo excelente Francis Ford Coppola,
com Martin Sheen (pai de Charlie Sheen e Emilio Estevez) no papel do Capitão
Willard, Marlon Brando no papel do Coronel Walter Kurtz e Robert Duvall
interpretando o Tenente-Coronel Bill Kilgore.
A trama é baseada no ano de 1969, num certo tempo da Guerra
do Vietnã. Willard é designado para atravessar o país, a mando de seus
superiores, para assassinar o Coronel Kurtz que, segundo fontes, havia
enlouquecido.
Este filme tem uma magnífica fotografia (que rendeu-lhe o
Oscar) e uma das melhores trilhas sonoras que eu já tenha acompanhado até hoje.
O ínicio do filme, com o Capitão Willard deitado na cama de
um hotel em Saigon, vendo o ventilador girando (confundindo-se com as pás da
hélice de um helicóptero) ao som de The End do
Doors é inenarrável!
A película também mostra os abusos, significados e razões
(ou a falta deles) para a guerra. Um momento marcante do filme é quando, em
meio uma batalha, o Tenente-coronel Bill Kilgore ordena que uma porção de terra
no litoral, seja bombardeada, para que ele e um soldado possam surfar! Nossa, surreal
essa parte.
Com certeza é o meu filme de guerra favorito, empatado em
primeiro com Platoon que, curiosamente, é estrelado por Charlie Sheen; sobre o
qual escreverei oportunamente (assim que revê-lo).
O Cheiro do Ralo
Tenho uma obsessãozinha por filmes nacionais. Talvez pelo
fato de que, sempre ao pronunciar isso, o interlocutor ficar me observando
pensando algo tipo: 'Meee, altas pornochanchadas!'. Que continuem pensando
nisso. No entanto, para o bom cinéfilo, tudo é aproveitável, só depende de sua
observação e análise.
Este filme se encaixa numa nova onda do cinema nacional. Com
produções independentes e a grandiosa interpretação dos atores brasileiros
(que, no meu ponto de vista, sempre foram pouco explorados {ou mal utilizados}
pela cultura noveleira que temos). O maior ator da atualidade é o protagonista
deste longa, Selton Mello, que é um dono de uma loja que compra objetos usados.
Ao longo da trama percebe-se a pessoa que ele se torna, tendo que ser fria pois
senão ele nunca terá lucro.
Utiliza-se em todo filme de um humor negro muito bem
ambientado tanto pelos roteiristas e direção, como pela interpretação dos
atores. Uma curiosidade é que o filme primeiramente orçado em R$ 2,5 milhões
foi realizado com apenas R$ 315 mil!! É a receita de que um ótimo filme, não
necessariamente, deva ser uma super produção.
Aproveito para recomendar TODOS, sem exceções, filmes
estrelados pelo Selton Mello. Um ator que, nas palavras dele ' foi contra a
maré (noveleira e Global) e, além de sucesso, obteve sua satisfação pessoal'.
Ah, um salve, para a atriz Paula Braun (gaúcha) que está
perfeita na interpretação (!!!) da garçonete desse filme.
Planet Terror
Existem alguns filmes que se tornam cult's desde antes de
sua estréia. Este trata-se de um.
Dirigido pelo excepcional Robert Rodriguez (Era uma vez no
México, El Mariachi, Sin City, Machete, Um drink no inferno) e co-produzido por
ninguém menos que Quentin Tarantino (que também faz uma ponta na película).
Serei altamente suspeito para falar desses caras aí, pois sou um grande fã do
trabalho dos dois.
Este filme é uma 'homenagem' aos filmes de terror dos anos
70. Zumbis, sangue, piadas, escatologia, bizarrices e assim por diante. Tudo
que um filme precisaria para ser ruim. Mas não é! O nome da história completa é
'Grindhouse', sendo que esta, Planeta Terror, é a primeira parte e a segunda,
Death Proof, é dirigida por Quentin Tarantino. Os dois filmes foram lançados
separadamente.
Sobre este não tecerei comentários. Recomendo assistir e se
divertir.
Agora um pouco sobre séries:
Californication
Estou completamente fissurado por esse seriado. Já falei
dele numa postagem anterior e vou abster-me de falar mais sobre isso.
Poirot – Agatha Christie
Esse seriado foi um achado! (rima podre).
Já havia assistido (há alguns anos atrás) no Multishow, ou
RAI, ou algo do tipo. No entanto não havia mais achado nada. Em um site achei
os episódios completos de todas (12!) temporadas.
Recomendo este para quem já leu algum dos livros de Agatha
Christie; sem dúvida uma das maiores escritoras de livros policiais de todos os
tempos.
É uma perfeita adaptação das histórias protagonizadas por
Hercule Poirot, um detetive belga com um inigualável jeito para desvendar os
mistérios. Belíssima interpretação de David Suchet, como o detetive Poirot.
São episódios de, em média, uma hora que correspondem a um
livro. (Apesar do tempo curto, muito bem adaptados).
Jekyll
Esse eu descobri sábado pela madrugada. Tal qual o seriado
supracitado, é de produção totalmente inglesa. Os atores e as locações são 100%
britânicas.
Adaptação moderna para o clássico 'O estranho caso do Dr.
Jekyll e Mr. Hyde (O Médico e o Monstro)' de Robert Louis Stevenson, onde um
pai de família se vê acossado e, literalmente, dividido entre seu lado bom e seu
lado selvagem. Já li o livro e como sempre acho, o livro é sempre melhor, porém
este não foi adaptado de maneira fidedigna ao livro, mas sim uma nova
interpretação para esta grandiosa história.
No cinema já houveram diversos filmes, recomendo 'O segredo
de Mary Reilly' (1996), com a interpretação de John Malkovich no papel
principal, sendo atriz coadjuvante a jovem (na época) Julia Roberts.
Dividido em seis episódios de uma hora de duração cada.
Muito bem produzido e interpretado.
(Assisti aos três primeiros episódios, faltam ainda três.
Assim que terminar esta sessão, concluo minhas observações.)
E por hoje era isso.
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