Revolto-me, todos os dias, ao ler as mídias impressas e virtuais. A cada hora do dia sinto-me mais impressionado com a quantidade de problemas que o fanatismo gera para a humanidade.
Falo do fanatismo em qualquer escala. Condeno todos eles: o fanatismo racial-étnico, o ideológico-político, o religioso, o sócio-econômico, o clubístico - vê se pode? - e tantos outros que possam existir.
As notícias invariavelmente tratam de agressões tanto morais como físicas; há casos de morte!! Somos seres humanos iguais em sua constituição, somos semelhantes; no entanto não somos iguais entre nossos pares. Nos diferenciamos de outras espécies animais pela capacidade de pensar. Capacidade essa que nos permite uma infinidade de possibilidades para cada coisa que possa acontecer.
Agora, obrigar uma pessoa a seguir algo que achamos o correto ou tentar fazê-la pensar e agir como achamos que seja o certo, está errado. Não pode existir.
Citarei exemplos - comuns, diários - de como esse tipo de atitude está frequentemente presente no nosso cotidiano.
Tomemos um esporte, poderia ser qualquer um, mas foquemos no futebol. O cidadão torce para um time, sempre teve afinidade com um clube e dirige-se ao estádio para acompanhar de perto sua equipe. Ao aproximar-se do local encontra um bando de torcedores de outro clube - é incrível como o fanatismo aumenta quando se está em grupo - e então inicia-se as ofensas verbais culminando com a violência explícita. Pior quando isso ocorre na presença de crianças e mulheres.
E o fanatismo religioso? Nem citarei a realidade de nosso país/região, que sabe ser intolerante com quem não crê no que a maioria acha ser o caminho certo a seguir. Falo dos conflitos no oriente médio e em todas as outras regiões do mundo que estão em guerra pelo simples fato de acreditarem, umas e outras, em entidades diferentes. Crianças morrem, mulheres são violentadas/estupradas e homens são convocados para guerras que, às vezes, nem sabem de que lado estão.
Nessa busca pelo poder e pelo que consideram ser a verdade absoluta, muitos esquecem que cada um tem sua própria verdade. Cada cabeça é um jeito de pensar. Temos o livre arbítrio - contanto que não ofendamos o livre arbítrio alheio - de pensar e de fazer o que quisermos.
Os grandes prejudicados nesse intenso conflito são aqueles que não tem nada a ver com o assunto. São pessoas normais, comuns, que tem seus pensamentos e suas próprias certezas mas que não obrigam os outros a pensarem do mesmo jeito que elas. Sabem que existem diversas maneiras de se pensar e viver. Aceitam as diferenças e sabem conviver com elas. Afinal, se todos fossemos iguais, que chatice seria.
Então a revolta com coisas assim cresce em mim e fico cada dia mais doente. Tenho vontade de obrigar as pessoas a pensarem do jeito que eu penso e que deixemo-nos livres para ser o que bem entender.
Estou bem fissurado nessa situação. Creio que está virando obsessão.
Condenem-me!
Sou um fanático contra o fanatismo.
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