Lembro bem de como nos conhecemos: eu estava muito fraco, desiludido, andava cabisbaixo e sem rumo. Foi nesse momento que senti seu abraço.
Ela me alentou, me acalentou e disse que tudo ficaria bem. De início não acreditei; e resiti às investidas. Mas pouco a pouco nos tornamos grandes amigos. Eu olhava para o lado e ela estava ali; nas noites frias era ela que aquecia meu corpo e minha alma; quando sentia-me sozinho ela fazia companhia; nos momentos de desespero era seu conforto que eu buscava.
Entretanto não era liberdade.
Ficamos juntos por um longo tempo.
Dias atrás andávamos lado a lado, de mãos dadas. Ela fingia sorrir, eu fingia acreditar. Vagarosamente fui soltando sua mão, ela foi ficando pra trás. Numa última olhada vi ela sorrindo, agora com toda sinceridade possível.
Costumo vê-la ainda, nas proximidades de onde a deixei, certamente está feliz por mim e por ela. Talvez um dia - cedo ou tarde - novamente juntemos nossas mãos.
Ah!! e que distração a minha, esqueci de nos apresentar: sou Amor, ela Esperança.
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