segunda-feira, 8 de junho de 2015

houve um tempo

houve um tempo
em que ouvia tua voz
doce, calma, serena
e não precisava do som ao redor

nesse mesmo tempo
nem a névoa da manhã
nem a escuridão da noite
privavam-me teu rosto

lá fora chovia,
ventava, esfriava
assim mesmo, dentro de mim
era sempre domingo de sol

então tu te ias
e voltavas e morrias em mim
como imortal, vivias
a cada noite, em sonhos meus

foi nesta manhã que a vi
em miragem ao nascer o sol
teu riso solto, uma lágrima no olho
e no coração uma palavra de adeus

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