segunda-feira, 15 de junho de 2015

Não mais em sonho

Foi novamente em sonho que apareceste. Sei que foi num sonho pois apenas nele que te vejo daquele jeito. Sentada ao meu lado, proferindo palavras doces, palavras amorosas, palavras de amor. Debruçada sobre meu corpo pedia-me para beijá-la. Num ímpeto inexplicável, te neguei. Neguei porque sabia que era impossível. Não sabia que sonhava mas só poderia ser um sonho. Tu rias então. Te divertias as minhas custas. Não entendi. Sufoquei. Agonizava e, em disparada, corri mais que pude. Tentei o máximo que pude estar longe de ti.  Acordei. E apesar do frio que fazia, meu corpo estava quente; faltou-me o ar nos pulmões; tremia dos pés à cabeça; olhei para todos os cantos do meu quarto. Nada. Era sonho mesmo. Deitei-me novamente e, pela primeira vez em muitos e muitos anos, roguei aos céus para que entendesse e não pedisse-me para beijá-la mais uma vez. Não em sonho.

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