terça-feira, 29 de setembro de 2015

Um só

Deitas então com a cabeça sob meu antebraço, não sem antes beijar-me apaixonadamente. De costas para mim nos encaixamos. Somos um só. Meu rosto todo perdido entre seus cabelos: sua cor, seu cheiro, seu gosto. Beijo lentamente o segredo do seu pescoço, tu arrepia. Mão com mão bailamos no palco do nosso corpo; torso, pêlos, pele. Te solto e te aperto. Fique perto. Teus olhos fechados e teu respirar aberto. Não solto. Devagar suspira. O sono vem vindo. Tiro o braço e o travesseiro te espera. O abraço do edredon. Nunca longe te vejo dormir. E sonhar. E voar. E ser. A manhã chega e deitas então com a cabeça sob meu antebraço, não sem antes beijar-me apaixonadamente.

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