quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015 - Parte Um - Foo Fighters

Decidi deixar de lado as divagações e, definitivamente, escrever sobre o meu ano de 2015. De tantas frases e coisas que lembrei achei até já havia escrito sobre isso, no entanto fui procurar e vi que tudo ficou na minha cabeça e nada saiu no papel. 

Há dois fatos consideráveis a relatar sobre o ano que passou, fatos aliás históricos e inesquecíveis. Comecemos pelo primeiro, em ordem cronológica e nem por isso mais ou menos importante:

o show de 21 de janeiro do Foo Fighters.

Abertura show do Foo Fighters com a Kaiser Chiefs - FIERGS - PoA

Desde sempre fui um alucinado fã de rock e isso só aumentou quando, certa tarde, minha mãe presenteou-me com duas fitas k-7 - isso lá pela metade dos anos 90 - de duas bandas que nunca deixaria de ouvir: o disco Dookie, da Green Day e o disco Nevermind, da Nirvana. Tchê! quando eu colocava no meu microsystem 3 em 1 qualquer dessas fitas minha mente viajava para longe. Quando poderia pensar que alguém traduziria todo meu espírito em letras e músicas feitas daquele jeito? Uma revolução!! Então aqui cito a Nirvana pois o baterista dela era nada mais nada menos que Dave Grohl - um menino talvez acanhado mas com muita força numa banda liderada pela lenda Kurt Cobain. Mas divago, o que quero mesmo dizer é que quando soube que a Foo Fighters, agora construída e liderada por aquele baterista, viria ao Brasil - mais precisamente Porto Alegre - não tive dúvidas: eu iria!


Dave Grohl - Baterista do Nirvana

Ingressos comprados, uma parceira das antigas de companhia, duas novas amizades, dois amigos do Mar e lá estávamos. Ao soar os primeiros acordes e primeiros versos cantados por Grohl, minha alma saiu de mim. Olhos, ouvidos, boca, nariz, tudo era parte do que acontecia em volta. Rock em sua essência. Música de qualidade. Show inigualável. Preciso dizer que nunca tinha estado num concerto de tais proporções. Não sabia como agir. Parecia o mesmo menino de 20 anos atrás abobalhado com o ouvido grudado na caixa de som. Dave se movimentava, tocava sua guitarra, conversava com a platéia, balançava suas melenas como um digno tocador de rock deve fazer. Ao som de 'Something from nothing', 'The pretender' e 'Learn to fly', todos éramos um.

Ale, Juli, Karine, 1berto, Nesele e Milrem

Há momentos que lembro, em outros há um lapso apenas preenchido com o coro de 30 mil vozes entoando mantras hipnotizantes. Particularmente o momento alto foi quando, após uma pequena pausa, o vocalista Dave deu lugar ao baterista Grohl e tomou em suas mãos as baquetas da banda. Ao som de 'Miss You', dos Rolling Stones e 'Under pressure', do Queen & David Bowie foi que delirei vendo o mesmo menino acanhado destruindo as batidas da bateria e do coração de todos. Euforia e emoção são as palavras que podem resumir aqueles momentos.

Com o retorno de Dave aos vocais e outro 'garoto' - Taylor Hawkins - à bateria, o show chegava ao seu fim com as ímpares: 'Skin and Bones', 'Time like these' e, talvez as mais esperadas 'Best of you' e ' Everlong'. Acabaria em alto estilo uma noite como nenhuma outra noite seria.

Finaleira do show da Foo Fighters - Todo mundo muito louco

Saí daquele show - de 3 horas, sim, TRÊS HORAS de duração - de alma, mente e coração leves. Nunca esquecerei. Jamais estarei curado daqueles momentos. O tempo pode ser limitado, mas a sensação, ahhh a sensação é infinita.

E eterna.

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