As noites tendem trazer à tona os mais diversos tipos de sentimentos.
Quando deita-se na cama milhares de pensamentos afloram; às vezes leva-se um grande tempo para que o sono venha.
Então ele vem.
Na mente divagam sonhos intermináveis, impossíveis e que nos deixam com uma sensação de passividade frente a tantos obstáculos que nos surgem.
Nesse momento, sobressaltado, acordei.
Lembrei de sua imagem em meu sonho. Visão privilegiada. Tentei recuperar cada traço de seu ser.
E, acordado, voei.
Partindo de onde estava pousei em sua janela. Através do vidro contemplei-a no seu descansar. Bela face angelical. Não havia maldade, pecado ou dor. Seus olhos fechados não esboçavam qualquer reação. Seus lábios, à Mona Lisa, despertavam-me os desejos.
Abusando de minha posição adentrei seu quarto. Ao parar ao seu lado um calafrio percorreu seu corpo. Pareceu-me que sentia minha presença. Lentamente levei minha mão ao seu lençol e puxei-o, cobrindo-a toda.
Você sorriu.
Nem abriu os olhos; nem movimentou qualquer parte do corpo; apenas sorriu.
E voltou aos sonhos.
Parte emocionado, parte angustiado, retornei.
Voltei ao início.
Quarto solitário, cama vazia, coração apertado.
Tentarei dormir novamente.
Ou voar para onde estiver você.
PQP. Foda!
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