segunda-feira, 6 de junho de 2016
inConsciente
E novamente te contaria meus sonhos dessa noite. E seriam as mesmas palavras que usaria. Repito tudo. Não sei descrever de outras formas. Talvez já tenha usado todas palavras que conheço: verbos, advérbios, adjetivos,substantivos. Não sei nada além do que uso. E, mesmo sendo o único sorriso que aparece, todas as noites são diferentes. Mesmo beijo, diferente sabor. Mesmo olhar, diferente calor. Ao te tomar em meus braços regozijo-me em total alegria. Nada mais em volta parece importar. Mas não tenho, ao acordar, essa mesma felicidade. Arrasto-me dia após dia no desejo de, mais uma vez, encontrá-la. E não dizer todas as palavras que ensaiei. Deixar que pareça um idiota, com o rosto corado e as frases incompletas. No bolso, pedaços de versos amassados, cantos de jornais rasgados, guardanapos borrados com uma caneta qualquer. Permito-me apenas em sonhos. Esses mesmos que não consigo controlar, que mostram-me a vontade, bem guardada, de tudo que queria viver.
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