quarta-feira, 29 de junho de 2016

Retrospectiva 2015 - Parte dois - David Gilmour - Lado A

Durante muito tempo venho tentando escrever sobre a segunda parte da retrospectiva de 2015. (A primeira parte está aqui ó:  Retrospectiva Foo Fighters) Todas que comecei não obtiveram sucesso, apenas algumas palavras soltas, uns lapsos sem fundamento algum... Difícil mesmo foi arrumar um ponto de partida. Algumas vezes comecei bem no início mesmo mas aí eram apenas lembranças da minha infância, uma música de fundo, eu no banco do carona no velho fusca de meu pai, um toca-fitas.. Outras iniciei nos meses que antecederam o fato principal, no entanto apenas divagava e tornava-se um texto repleto de lembranças importantes pra mim sem relevância para qualquer um dos leitores. Decidi-me então, por fim, iniciar aqui ó:

A primeira vez que pisei na Arena do Grêmio.

Mesmo sendo um fanático torcedor do Grêmio Porto-Alegrense por muitas vezes fui adiando a minha ida à nova casa tricolor. Falta de grana, de tempo, de oportunidades,, enfim, tudo que conspira pra que algo não aconteça. Entretanto as circunstâncias e o destino me provaram que algo muito maior estava por vir.

Mariana, Cris, Bona, eu na fila

Quando soube que o incrível show do - não menos - espetacular David Gilmour, ex-Pink Floyd - a banda da minha infância, da minha adolescência, a banda da minha vida - seria na Arena do meu time de coração, não titubeei. Eu estaria lá!!! Os momentos que antecederam a minha entrada no local do show são indescritíveis até hoje. Não consigo me lembrar muito bem, tamanho nervosismo tomava conta do meu ser. Assim que entrei fui arrebatado de um sentimento tão forte que não cabia em mim. E não bastava que fosse dentro de nossa casa: eu estava pisando o gramado, com o mesmo ponto de vista dos atletas para os quais sempre torci; brotaram-me lágrimas nos olhos pela primeira vez nesse dia. Continuo, mesmo passando-se meio ano do fato, sem conseguir descrever a emoção que senti naquele momento.


A entrada na Arena. Primeira vez no estádio. De gramado.

Emoção essa que, na hora, achei não ser possível sentir mais nenhuma vez na vida. Enganei-me redondamente por algumas poucas horas. Assim que entramos - minha irmã, o Bona, o Cris e eu - ficamos loucos já de cara. Eu via em cada olhar dos que me acompanhavam o brilho, a alegria, a expectativa, a incredulidade do que estava por vir. Olhar esse refletido em todos os que se juntavam para curtir o mesmo espetáculo. Eram jovens, adultos, velhos, homens, mulheres, roqueiros, hippies, punks, motoqueiros, almofadinhas, todas as tribos ali estavam reunidas e eram uma só. Chegavam aos poucos mas via-se que logo éramos muitos.

Baita foto que a Cassi fez das cadeiras

Enquanto aguardávamos a noite cair e a hora se aproximar, tocava ao fundo como abertura do show principal Duca Leindecker, famoso artista gaúcho, ex-Cidadão Quem e parceiro de Humberto Gessinger no Pouca Vogal; escrevi ao fundo pois não consegui prestar atenção ao que me rodeava, tudo me interessava e tudo me desviava; só tinha foco no motivo primeiro da noite.

Pisando o tapete da Arena

E ele chegou.

Copo do show e, ao fundo, Mr. Screen - o telão circular típico do Pink Floyd

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